segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Francisco Zambujal

A cidade de Faro prestou uma justíssima homenagem a um dos seus conterrâneos, um ilustre e genial conterrâneo: Francisco Zambujal.
Várias exposições foram organizadas pela cidade sob a batuta da Humorgrafe, com o Osvaldo Macedo de Sousa à cabeça, mais palestras e tertúlias, para além da pintura de um painel de azulejos com desenhos do próprio. Do próprio, mas não desenhados pelo próprio que infelizmente já nos deixou há 20 anos.

Foram vários os colegas de profissão do Francisco Zambujal, que participaram na pintura do painel. Não foram assim tantos, foram 4. O Carlos Laranjeira e o Ricardo Galvão, dois sucessores directos do Mestre Zambujal na imprensa desportiva, o Fernando Madeira (cartonista de Faro) e eu.
Nunca tinha pintado azulejos, foi muito interessante (bué da fixe). Recomendo vivamente. Deviam acrescentar à àrvore, ao filho e ao livro, não morrer sem antes pintar um painel de azulejos.
Foi uma honra ter participado nesta homenagem. Sou fã dos bonecos do Xico (como o tratam os amigos) e fiquei fã do seu irmão Mário. No fim despedimo-nos com um forte abraço. Apesar de serem todos benfiquistas, a família Zambujal é muito simpática.
"Sendo algo de muito complexo, definiria o humor simplesmente como a arte de fazer sorrir de forma inteligente. Tudo o que provoca o riso boçal não é humor, mas sim uma forma de estupidificação. Creio que o humor português se afirma demasiadas vezes pela negativa, isto é, "gozamos" muito com as nossas próprias desgraças, ainda por cima nem sempre abordadas de forma mais inteligente. Os alvos são, quase invariavelmente, os mesmos: a crise, o governo, a televisão… O que, para além de cansativo, se torna monótono, roubando a força e o impacto que o mesmo tipo de humor teria se usado em doses menos maciças. Quanto mais um acontecimento se transforma em hábito, menos se dá por ele." Francisco Zambujal.